segunda-feira, 28 de junho de 2010

Caminhos


Como é difícil caminhar sem saber aonde quer chegar. Procurar sem saber o que procura. Seguir em frente desconhecendo o chão em que pisa. Medo e insegurança são tão constantes quanto os passos que damos.
As vezes escolhemos um rumo e por ali seguimos, com determinação e firmeza. Mas não é facil manter-se em um "norte" quando se há tantas trilhas tentadoras à direita e à esquerda.
Alguns param suas jornadas para respirar e sentam-se. Com o conforto e facilidade de ali ficar, esquecem a aventura que é conhecer a cada instante lugares e sentimentos novos.
Caminhar com o pé no chão pode criar bolhas, mas com o tempo o pé acostuma e mais forte você fica.


Leonardo Guedes Duarte

sábado, 26 de junho de 2010

Retratos


Há uns dias os móveis da minha falecida vó vieram aqui para casa. E ontem após muito fuçar nas gavetas da escrivaninha minha mãe encontrou vários fotos, muito antigas, digo por volta dos 1930.
Fiquei pensando, será que os meus netos ou bisnetos um dia abrirão uma gaveta e encontrarão uma pen drive ou CD-Rom com minhas fotos? Acho que não. Bom, nem filhos tenho e já estou me preocupando.

Bem produzida a família do chewbacca né? Era só colocar o logo do xampu Dove que dava uma bela publicidade.



Leonardo Guedes Duarte

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Uma aptidão?

Quem corta o cabelo do barbeiro?
Quem faz o palhaço rir?
Quem prepara a janta do cozinheiro?

Será que ninguém apara o cabelo do barbeiro? Que o palhaço nunca escuta uma piada de alguém? O cozinheiro de buffets nunca janta?

Você deve pensar que o barbeiro corta seu cabelo com outro barbeiro. O palhaço é alegrado por outro palhaço. O cozinheiro encomenda janta de outro cozinheiro.

Mas e se os três se juntassem poderia ser assim:
O barbeiro com suas mãos habilidosas poderia cortar e picar os ingredientes da janta de maneira majestosa.
O palhaço com sua alegria e criatividade poderia criar novos cortes de cabelo que certamente tornariam-se tendências da moda.
O cozinheiro acostumado a agradar as pessoas com seus temperos poderia alegrar todos com pitadas e salpicos de bom humor.



Leonardo Guedes Duarte

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Louco


Disseram para ele:
- Você é muito certinho, faça alguma loucura, haja como um louco por uns tempos.
Ficou com aquilo martelando em sua cabeça. Pensou sobre sua vida, seu jeito de ser e encarar a vida.
Mais do que por acaso no Discovery Channel passava um documentário sobre psicologia. Segundo o psicólogo que participava do programa, louco é aquele que tem pensamentos considerados "anormais" pela sociedade.
Bom, se é assim, aquele que faz um assado de picanha na Índia definitivamente é louco. Baiano que não gosta de rede também é.
Nos tempos de hoje, o NORMAL é aquele que bebe, fuma, cheira, é baladeiro de plantão. Louco é o que não faz nada disto, nem frequenta alguma igreja.
Como diria Chico Buarque em "Meu caro amigo": "E a gente vai fumando que, também, sem um cigarro, ninguém segura esse rojão".



Leonardo Guedes Duarte

terça-feira, 15 de junho de 2010

Abra o jogo


Hoje me lembrei de uma frase que o pai disse semana passada. Era mais ou menos assim:
Dois meninos caminhavam pela rua quando encontram uma laranja. Logo começaram a negociar um com o outro. Decidem dividi-la ao meio. Os dois se separam e vão para casa. O primeiro descasca a laranja e joga o resto fora. O segundo bota a casca fora.
Para quem não entendeu, era como se um quisesse a comer a laranja e o outro fazer um chá da casca. Poderiam ter ficado cada um com 100% do que lhes interessava.



Leonardo Guedes Duarte

domingo, 6 de junho de 2010

Equilibrio


Muitos dizem que o equilíbrio é o segredo da vida, do sucesso e tal. Talvez seja mesmo, o complicado é que até o equilíbrio deve ser dosado. Pense comigo, quem tem equilíbrio fica em cima do muro, e não dá para ficar sempre ali. Em alguma circunstância você deve ser incisivo, radical.
Acho que devemos caminhar pelo muro, mas quando se desequilibrar, não evite a queda!



Leonardo Guedes Duarte

sábado, 5 de junho de 2010

A árvore


Um joão caminhava por um calçadão de uma metrópole, quando em sua cabeça algo cai. O tal logo de imediato reza para que não seja uma "titica" de pomba. E não era, para sua sorte era apenas uma vagem recheada de sementes de uma árvore gigantesca que ele passara por baixo.
Em certos momentos a vida é rígida, em meros e minúsculos segundos o tal joão(um qualquer) foi obrigado a decidir o que fazer com a vagem. Jogar fora ou simplesmente guarda-la. Sem saber a importância desta escolha, o apressado joao joga fora as sementes.
Um dia talvez saiba ele a oportunidade que perdeu. Teve em mãos sementes da uma árvore raríssima e centenária. Que poderiam dar-lhe sombra para os mates junto a família.
O mais triste é que no ultimo domingo após um ciclone extra tropical, a grande árvore virou historia dos livros de Simões Lopes.



Leonardo Guedes Duarte