domingo, 8 de agosto de 2010

Sonhei


Era uma noite fria, úmida e solitária
precisando ouvir sons, ruídos e murmuros
ele decide sair de casa, do seu abrigo, do seu túmulo.

De banho tomado, cheiroso e confiante
percorre as ruas da cidade meio perdido, desorientado, desnorteado.

Encontra um lugar mais ou menos, gente mais ou menos, tudo MAIS OU MENOS
não sabe muito bem o que procura ali, lá, sabes onde...

Procura se enturmar, interagir, conversar
mas não encontra maneiras, jeitos, meios.

De repente aparece uma mulher, fêmea, do sexo feminino
e lhe diz: "me compra umas batatinhas, french fries, fritas?"

Sem pensar, refletir, no susto mesmo
ele pega a carteira recheada de cash, money, bufunfa
e diz: "sim, claro, como não?!"

Ela nem fazia muito o seu tipo, gosto, tara
mas aquela voz, olhar e sorriso peculiar
deixaram-o hipnotizado, encantado, bobo mesmo

A noite do perdido enfim teve razão, sentido. Foi justificada
e em uma troca de olhares ela lhe diz: "vamos PACOPI"

"PACOPI?! Que isso? será uma gíria, expressão, trocadilho" ele pensou.
Não sabia do que se tratava, mas pela carinha dela, ele decidiu: "Vou descobrir!"

O que aconteceu? Conta aí!
Bom, eu acordei...
Ainda não sei o que é PACOPI, mas que ela disse, disse!




Leonardo Guedes Duarte

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