quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Estive em SimCity


Bernardo e seu melhor amigo Fred são mochileiros e durante uma longa viagem de carro resolvem comer algo. Eis que chegam a uma cidadezinha (de nome não revelado pela censura) localizada próximo ao canyon consciência, logo após a encruzilhada dos sentimentos, exatamente 0,1475° à noroeste de onde o diabo perdeu as botas.

Ao chegarem em tal localidade, estacionam o carro em frente a uma lancheria. E nesta, encontram Diogo, que foi professor dos nossos viajantes no ensino médio. Perguntam para ele o que está fazendo na tal cidade, o educador explica que está fazendo um projeto para faculdade. Apesar da cidade ser nada convidativa, Bernardo e Fred decidem dar uma volta pelas redondezas.

O lugar era abafado, úmido e coberto de poeira. Caminhando pela cidade, ambos começam a ter sentir-se um pouco em evidencia, os nativos parecem ficar olhando para eles. Bernardo sempre muito ressabiado, já fica desconfiado.

O aparência das pessoas também era causava repulsa, muitas tinham problemas físicos, eram todos tortos. Pareciam-se com nativos do interior nos filmes norte americanos. As mulheres usavam roupas bordadas e sujas. Caminhavam de maneira vulgar, o sexo parecia estar a flor da pele.

Bernardo não demora a querer ir embora, mas Fred o convence a continuar o passeio. Em uma das ruas de maior movimentação, um homem desconhecido os convida para tomarem café em seu apartamento, situação no minimo curiosa, mas eles aceitam. Durante o café, a filha do homem, que aparentava uns 13 anos, começa a insinuar-se para os dois. Toda suada e com cicatrizes ela os deixa enojados. Fica pior ainda quando ela vai ao quarto e volta amamentando um bebê. Logo, a menina que estava apenas decidida a mostrar-se aos rapazes, deixa o bebê cair de cabeça no chão. Bernardo fica apavorado, Fred estático e a “mãezinha” nem faz caso. Bernardo tentando não transparecer o horror olha para Fred e faz sinal para eles “debandarem dali”.

Tentando fugir da situação acima, nossos herois de alguma maneira caem dentro de um bordel (não culpe o narrador desta historia, ele não tem nenhum compromisso com a verdade) mas o mais estranho não é isso. Ao inves de caminharem pelo cabaré, eles estão andando em uma espécie de “trenzinho de parquinho” que fica dando voltas ao redor do recinto. As prostitutas eram todas gordas, deformadas, peludas e sujas(deviam ter um gosto salgadinho).

Quando conseguem fugir dali, Bernardo diz a Fred que eles devem ir embora enquanto ainda podem.

No caminho da lancheria onde estava o carro, passam por um fliperama que estava funcionando gratuitamente. Fred que adorava um fliper, entra. Lá encontra Nataniel, primo de Bernardo, jogando com vício varios jogos de violencia(único genero que tinha no fliperama). A casa de games quase cheirava a sangue de tanta matança virtual que tinha. Quando Fred tenta sair, é abordado pelo dono do fliperama, que carinhosamente lhe dá brindes(varios ursinhos de pelucia totalmente “mutilados”).

Quando já anoitecia, Bernardo e Fred encontram Babí,namorada do segundo. Ela estava fugindo de um grupo de “possiveis”assaltantes, que seguiam-na durante varias quadras. Juntos os três tentam despistar os bandidos. Após ficar mudando de ruas e ruas, aparecem mais assaltantes. Já sentiam-se encurralados, até que passam por uma casa que estava sendo vigiada por militares. Como não podiam fazer nada perto dos soldados, os assaltantes desistem. Bernardo E Fred resolvem deixar Babí na segurança dos militares para buscar o carro.

Bernardo já estava aliviado, sentia que ia dar tudo certo.

Ao chegar no estacionamento da lancheria, encontram Diogo. Que estava usando um estestoscopio para “verificar” o proprio carro. Fred intrigado com aquilo pergunta o que ele está fazendo. E Diogo fica olhando para baixo e falando: - professor, professor, ahh sim! sou professor. Bernardo nem tá “trela” e chama o amigo: - vamos logo!

Chegam ao carro, que iria lhes proporcionar a fuga. Mas o encontram todo pichado, amassado e sem o banco do motorista. Bernardo que já ia entrando no veiculo abre a porta do motorista e senti um cheiro de doces e fezes ao mesmo tempo. Surpresa!Tinha pirulitos e balas “meio comidos” no banco de trás, sem falar nos excrementos.

Quando os nativos percebem que visitantes estão indo embora, começam a ir em direção dos nossos protagonistas, que berram ao mesmo tempo: - Ai meu deus! Ah!

Rezando para que o carro “pega-se” Bernardo tenta ligar o carro. E dirigindo mesmo sem banco, os amigos vão buscar Babí.

Não demora e Fred ouvi a sirene da policia mandando eles encostarem. Gritando ele diz:- Acelera!

Ouvi-se outro barulho: - Boom!

Eram os pneus sendo furados por uma barreira.

Quando o carro para, eles olham para o lado e enxergam varios policiais, todos sorrindo e comemorando.

Os amigos nem falam nada, pareciam sentir que nunca conseguiriam deixar aquele inferninho.

Uma palavra, GAME OVER.

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Abaixo o trailer do filme Gummo, que assemelha-se ao texto.




Leonardo Guedes Duarte

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